terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Tolices

Cheiro de bar cheiro de ar
rima rima rima, preciso fazer algo
horas passam e o relogio passa
tudo passa
nao,sempre voltam
sempre estão de volta
tudo
junto com o mundo
tudo carrega o mundo
vontade de voar
nao faz sentindo
continuar
aqui

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

"Havia o medo e a timidez"


Carlos tinha apenas 10 anos quando conheceu Tânia. Ela brincava com seus brinquedos no quintal vizinho,enquanto ele a observava da cerca,a uma distância segura.Levava alguns dos seus bonecos consigo,para que se fosse notado,pudesse fingir que estava brincando.
Ele tinha medo dela não gostar dele, acha-lo chato ou feio. Sempre que ela passava o olhar pelo seu esconderijo,sentia uma ponta de ansiedade crescendo no peito,mas ela sempre passava o olhar sem vê-lo.E assim os dias passaram,e as semanas também,e ela continuava brincando e ele continuava fingindo não estar ali.Carlos começou a ir mal na escola,não conseguia se concentrar nas lições,não conseguia dormir direito em casa,e sua mãe ficava cada vez mais preocupada,não então entendia o que estava acontecendo com ele,afinal,ia pra escola,almoçava e passava a tarde brincando com sues brinquedos,como toda criança normal.
Um dia especialmente ensolarado,guiado pelo sol,resolveu ir ao quintal vizinho. Reuniu seus bonecos mais bonitos e foi andando e direção ao vizinho.Tinha um caminhão parado na frente,com homens carregando os moveis para dentro.Então ele a viu,em um vestido amarelo com um fita no cabelo.Ela só era uns 2 anos mais velha que Carlos,mas parecia muito mas velhas nos seus olhos.Trazia uma carta na mão.Ela veio,lhe beijou o rosto,entregou a carta e disse “adeus“,voltando correndo ao caminhão.
E na carta estava escrito:


“Eu sei de tudo. Não estou preparada pra amar. Talvez algum dia nos encontremos se assim tiver que ser.
Te amo, ou algo parecido.
Adeus”

Ele não sentiu, mas a primeira lágrima de amor escorreu pelo seu rosto

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Rituais

Ela o beijava sem amor, sem vontade, mais para seguir um ritual do que por prazer. O seu corpo ele conhecia de có,o que a incomodava,como se algo tivesse atravessado a barreira do seu íntimo e entendesse como seu corpo funciona.Assim que terminava,ele acendia seu cigarro e ia pra varanda,enquanto ela gostava de se sentar no chão frio do banheir, nua.Imagens dançavam pela sua cabeça,quando eles se conheceram,primeiro aniversário de um ano,essas coisas que só importam pro casal,mas que eles adoram contar pros outros.Não tinham muitos,mas ela se agarrava a eles como se fossem necessários,como se fossem tudo o que ela precisava pra viver,mas que a qualquer momento iria sumir e perder a importância,junto com coisas que guardamos dentre de nós.Na verdade,todos temos o canto de coisas que perderam a importância dentro da nossa cabeça,alguns mais outros menos.Um presente,um beijo,um momento,um céu.
Mas voltando a ela, que agora já se levanta e volta à cama, aonde seu amor já se encontra dormindo. Nem um beijo,nem um toque,nem um sorriso.Ela sussurra um boa noite,se veste e sai para nunca mais voltar.
Ele já não tinha importância,e ela precisava seguir em frente

domingo, 13 de dezembro de 2009

Livro que não irei terminar

Era uma vez um príncipe que vivia num pequeno castelo nas altas montanhas de polivel, aonde reinava a paz e a beleza. Desde pequeno ouviu os bardos cantarem sobre o amor enquanto caminhava nos seus jardins e pelas salas do castelo aonde todos os tipos de instrumentos eram encontrados.Então dentro dele brotou um desejo: encontrar o seu verdadeiro amor.Nada mais importava para ele,vivia os dias e as noites sonhando.Não se concentrava nas aulas e nunca pegou em uma espada.Não que precisasse de professores para a sua instrução,pois a criança parecia ser um gênio e demonstrava cálculos e golpes de espadas que nem os maiores mestres do reino conheciam.Quando descobriu que os príncipes deviam casar com quem os seus pais escolhessem se trancou no quarto durante 2 dias inteiros,até que seus pais mandaram arrombar a porta e o encontraram chorando ao lado da cama.
No seu aniversário de 12 anos, falou para o pai que não pretendia assumir o trono, pois isso se colocava no caminho dele em busca do amor. O pai tentou argumentar,mas o menino mimado gritou e se trancou no quarto.
O rei preocupado foi ao templo conversar com os deuses, pedindo uma benção para o menino,para ele se tornar o maior monarca do mundo e reinar como nenhum outro.E que principalmente ele esquecesse essa bobagem de amor.
Os deuses furiosos pela leviandade do rei com o amor resolveram lhe dar uma lição.Jogaram uma maldição no menino
-“Ele será o maior rei de todos os tempos, mas nunca encontrara o seu verdadeiro amor”. Dito isso,uma pequena menina de apenas 7 anos morreu subitamente em um vilarejo.
Passam-se 6 anos e a criança já é um homem, tomou o trono do seu pai com o apoio do exercito e o atirou no calabouço. Acabou com os jardins, com a música, com os poetas e com a beleza do castelo, transformando numa fortaleza para defender o seu reino cada vez maior.
Um dia,quando andava pela fileira de soldados pronta a atacar um vilarejo,sentiu uma pontada no coração e uma lágrima escorreu pelo seu rosto sendo encoberta pelo elmo.
Nesse momento nasciam duas crianças, um menino e uma menina, foram trazidos ao mundo por uma parteira em transe.Os deuses sorriam.

Eu falando de mim mesmo

Não consigo dormir. Não que isso seja uma novidade,mas nunca vai deixar de me incomodar.Aquela velha ansiedade por aventuras me toma de novo.Acho que não fui feito pra um mundo aonde a maior aventura e conseguir passar numa prova para ter dinheiro e sobreviver.Um mundo sem magia.
Ainda sonho em acordar de elmo e espada na mão (serve um cajado também). Em ir andando até o castelo de meu mestre para receber as ordens do dia,ou as lições,ou simplesmente guerrear.A guerra não é bonita,mas os sentimentos que são despertados sim.Não sonho com mortes,e sim com batalhas.Com pessoas que tentam ser mais e com novidade a cada dia.Não consigo não tomar a idade medieval como exemplo,mas não o medieval clássico “clero-nobreza-servos”.Quero dragões para enfrentar,quero ser abençoado por uma sacerdotisa,quaro sentar com Arthur e sacrificar um cordeiro para abençoar o exercito.Quero conhecer as práticas antigas,os movimentos dos astros e as ervas apropriadas.Mas acho que principalmente desejo ser livre.E forte.
Minha fantasia é estranha, pois juntos várias partes de coisas diferente que li, vi e imaginei e formo cenários, mas nunca um mundo todo.
Imagino um mundo de magia caótico, pois o caos tem que tomar conta da magia. Mas não tem como eu descrever,pois é o caos,e ninguém nunca viu/sentiu o caos total.Écomo a escuridão total,as pessoas só pensam num grande preto,mas não existe cor na escuridão.Acho que a idéia de coisas sem razão e sem nada não faz bem a mente humana.Eu mesmo fico enjoado quando penso na minha definição dos dois.Mas meu desejos sempre foram assim,enjoativos.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Eternos

Eles estavam abraçados vendo o seu último por do sol. Haviam vivido muito mais que humanos normalmente viveriam,tanto em anos quanto em aventuras.Ela ainda o olhava com os mesmos olhos de admiração que tinha quando o viu da primeira vez,voltando de uma caçada.Os seus cabelos estavam emaranhados e estava todo coberto de lama,carregando um cervo.Ela notou que o brilho dos olhos dele era diferente,algo que por mais que passasse a vida olhando,não conseguiria decifrar.Olhos de esfinge eterna.

Ele se lembra de quando entrou na taverna e a viu, e lembra como ela lhe olhava com um olhar inquisidor, curioso, incessante. Aquele olhar o prende até hoje.

E eles estavam chegando ao porto no fim da vida. Não tinham medo. Nunca tiveram realmente medo quando estavam perto um do outro. Eram invencíveis juntos. Ela sempre soube abater seus inimigos com flechas e ele a moldar a realidade a sua maneira.Lutaram grandes batalhas e viveram coisas que muitos sonham em viver.

A lua começa a aparecer por trás dele, e eles aguardam o momento certo, vivendo a existência um do outro. O ar,a pele,o coração batendo.O cheiro.É a ultima vez que vão se ver nesses corpos.Ele chora no ombro dela,que chora se apoiando nele.
E se não se conhecerem na próxima vida?E se algo der errado?Isso rasgava os seus corpos com mais lágrimas e dor.

Eles haviam queimado sua casa, suas armas foram jogadas no fundo do rio e todas as lembranças deles destruídas. Ninguém saberá que eles viveram,além deles mesmos.Nada mais o prendiam nesse mundo.

E o momento chegara. A lua se encontrava no centro do céu.Com algumas palavras,ele fez o encatamento que os juntaria na próxima vida.Ela segurava as mãos dele,que tremiam.

“Eu te encontrarei, nem que passe a vida toda procurando”-murmurou

Selaram o encanto com um beijo, e se atiraram no rio. A água encheu o corpo dos dois,mas em nenhum instante eles soltaram as mãos.E assim o oceano tragou o corpo deles.Os grande heróis esquecidos.









E no outro lado do reino, duas camponesas davam a luz na casa da parteira.
“Eu tive uma menina,vou dar o nome da minha avó para ela,Lúcia.Qual o sexo do seu?”
“É um menino”.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Sem comentarios sobre esse texto,ele vai ser melhorado

Ele está sentado na cama sem camisa.Louis decidiu que seria melhor se ela dormisse no apartamento dela,pois tinha medo dele a machucar.Ele sabia disso,assim como sabia que podia machucar cada pessoa que via passar pela janela do seu apartamento apertado.Em alguns isso daria uma sensação de poder,mas isso o assustava.Na verdade sempre assustou,desde quando ele percebeu que não era como o outros.E especialmente hoje decidiu que merecia uma folga de ser o herói de todos,de ser o ombro amigo e a rocha da justiça.Sai voando,mas o vento não lhe causa grande sensações,nem a altura,nem nada.Voa em direção ao espaço,a ausência.E continua voando e voando até chegar a lua,o lugar aonde ele realmente pode ficar sozinho.
E ali chora.
Chora por tudo o que não pode ter.Chora por não poder dar uma abraço apertado nas pessoas,por ter que se controlar 24 horas por dia.Chora pelos filhos que nunca vai ter,por prender louis a ele.E soca a lua.E soca e soca."Até quando?"
Ele se lembra,mas não realmente na memória,pois era muito pequeno,mas de um lugar seguro que criou para si do tempo de kripton,dos seus pais lhe ninando e botando na cama.
Talvez seja isso que ele precise agora,e ele dorme.
Não o superman,o herói de todos.Não o Clark Klent,repórter e namorado de Lois.Não o filho que caiu dos céus,o estranho da cidade pequena.
Apenas kal-el.
Apenas ele.